O clima é de concentração e reverência no Pátio do Terço, região central de Recife.

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É segunda feira. Dia das almas no candomblé. Dia de relembrar as origens e reverenciar os antepassados.

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A festa é especial, porque também é Carnaval.

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20h e as alfaias começam a soar. Parece que a batida está dentro da gente. O som toma conta do pequeno largo. Os vestidos longos e rodados giram sem parar. As roupas vistosas e cheias de cores, estão ali para lembrar da gente africana.

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À meia noite os tambores silenciam. Um ato de respeito em memória daqueles que desfilavam em silêncio por essas mesmas ruas no passado, porque não tinham o direito de celebrar as suas origens.

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Como que em transe, cada participante do evento mergulha no silêncio.

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Depois de uma breve cerimônia, as caixas e alfaias recomeçam. O som hipnótico dos tambores, principal instrumento da orquestra dos xangôs, envolve as criaturas humanas e os Orixás. Um novo tipo de transe toma conta das pessoas.

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A festa vibra noite a dentro.