Em Alter do Chão, no Pará, os botos Tucuxi e Cor-de-Rosa se enfrentam na arena conhecida como Lago dos Botos, sempre no mês de setembro.
A festa agrega músicas, danças (principalmente o carimbó) e efeitos luminosos para a encenação da lenda do boto - que se transforma em homem para seduzir mulheres.
O palco da trama é o Lago Verde (umas das mais conhecidas praias de Alter do Chão) e a encenação gira em torno da sedução, morte e ressurreição de cada um dos botos.
Quando o boto é morto por ordem do Tuxaua, pai da Cunhantã-iborari, que foi engravidada pelo golfinho amazônico, recai sobre ele a fúria dos maus espíritos da região. Por isso, a pedido do próprio Tuxaua, vem o Pajé e ressuscita o boto.
A Principaleza do Lago Verde, a Rainha do Çairé, a tribo indígena e os pescadores também são personagens importantes na trama e o vencedor do Festival será a equipe melhor avaliada no somatório dos seguintes itens: Carimbó, Cantador/apresentador, Alegorias, Rainha do Çairé, Rainha do Lago Verde, Curandeiro, Tribo, Evolução, Menina do boto, Cabocla Borari, Boto encantador, Momento da sedução e Galera/torcida organizada.
A disputa entre os Botos foi introduzida em 1997 como parte das celebrações do Çairé, distanciando ainda mais a festa de uma celebração puramente religiosa.
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