A fita do Senhor do Bonfim foi criada pelo Senhor Manuel Antônio da Silva Servo em, 1809.
Ela era conhecida como “medida do Bonfim” porque tinha que ter exatamente 47 centímetros – o comprimento do braço direito da imagem do Senhor do Bonfim que fica no Altar Mor da Basílica, em Salvador.
Naquela época a fitinha era feita de algodão ou de seda, bordada à mão, às vezes até com fios de ouro. Ela era usada como marcador de livros ou pendurada no pescoço, como um colar, no qual eram pendurados medalhas e santinhos que representavam a graça alcançada com a ajuda do Santo.
Funcionava como um pagamento de uma promessa ou uma demonstração pública da graça recebida.
A “medida” desapareceu no início da década de 1940. Na década de 1950, elas passaram a ser vendidas como souvenir, produzidas em larga escala, de nylon para baratear o custo e não necessariamente naquele tamanho original.
Foi nessa época que surgiu a tradição dos 3 pedidos: você devia ganhar (e não comprar) a fitinha, dar duas voltas com ela no punho ou no tornozelo e, em seguida, dar 3 nós bem apertados para ela não soltar.
Pra cada nó, um pedido.
Depois é só usar a fitinha até ela arrebentar.Essa é a data em que os seus pedidos vão ser atendidos pelo Senhor do Bonfim!
Recentemente a lembrancinha passou a ser produzida em algodão, que, apesar de um pouquinho mais caro, se deteriora mais rápido, o que acelera a realização dos pedidos.
Apesar de essa ser uma tradição que começou na Igreja Católica, a fitinha do Bonfim também é um símbolo forte do sincretismo religioso baiano e ela é vendida em cores variadas, não para deixar os ambientes mais animados, mas porque cada uma das cor está relacionada com um orixá do Candomblé.
Assim, a fita verde está relacionada a Oxóssi, a azul claro a Iemanjá, a amarela a Oxum e a branca a Oxalá, claro!
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